O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta quinta-feira (9) que realizará uma reunião para discutir as novas diretrizes da Meta, empresa controladora do Facebook, Instagram e WhatsApp. Lula enfatizou a necessidade de preservar a soberania dos países no que tange à regulação das redes sociais, destacando que não é aceitável que cidadãos ou empresas, de qualquer origem, interfiram nas políticas de uma nação. O presidente fez esses comentários durante uma visita à galeria de ex-presidentes no Palácio do Planalto.
As mudanças anunciadas por Mark Zuckerberg, CEO da Meta, incluem o fim de programas de verificação de fatos, a remoção de restrições em temas como migração e identidade de gênero, e o incentivo à promoção de conteúdos com teor político-ideológico. Essas alterações têm gerado reações críticas no Brasil, com autoridades locais, como o novo ministro da Secretaria de Comunicação, Sidônio Palmeira, e o secretário João Brant, questionando a postura da Meta e afirmando que as mudanças podem enfraquecer a democracia e ignorar a soberania dos países. A medida, por enquanto, vale apenas para os Estados Unidos, mas há a expectativa de sua expansão para outros países.
Além das críticas do governo brasileiro, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), também se manifestou, afirmando que a Corte não permitirá que as grandes empresas de tecnologia sejam usadas para disseminar discursos de ódio e ideologias antidemocráticas. A repercussão das mudanças da Meta reflete a crescente tensão global sobre a regulação das plataformas digitais e o papel dos governos na garantia de um ambiente virtual seguro e responsável.