Nesta quinta-feira (30), o presidente Lula concedeu uma entrevista coletiva no Palácio do Planalto, com foco em quatro pontos principais sobre a economia do país. Durante a conversa, ele reafirmou seu compromisso com a responsabilidade fiscal de seu governo, mas afirmou não considerar necessária a aprovação de novas medidas fiscais no momento. Lula também procurou suavizar críticas recentes, principalmente em relação ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, após declarações de Gilberto Kassab. O presidente reforçou que Haddad cumprirá as metas fiscais e destacou que as críticas de Kassab foram injustas.
Sobre a recente decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de aumentar a taxa de juros, Lula transferiu a responsabilidade para a gestão anterior do Banco Central, liderada por Roberto Campos Neto, e minimizou o papel de Gabriel Galípolo, atual presidente do Banco Central. Embora o aumento dos juros tenha sido definido anteriormente, Lula mencionou que a decisão já estava tomada quando Galípolo assumiu o cargo, evitando responsabilizá-lo diretamente pelas novas medidas econômicas. O presidente também afirmou que o aumento dos juros não foi uma decisão de seu governo.
Em relação ao setor de combustíveis, o presidente afirmou que não interferirá nas decisões sobre os preços dos combustíveis, mas reconheceu que, caso o preço do diesel suba, ele se manterá próximo aos valores praticados em dezembro de 2022. Este comentário segue o mesmo posicionamento apresentado pela presidente da Petrobras e pelo ministro de Minas e Energia, que indicaram a possibilidade de aumento nos preços nos próximos dias. A entrevista teve como objetivo esclarecer os posicionamentos do governo e distanciar o Palácio do Planalto de questões externas que pudessem afetar sua imagem política.