O presidente eleito dos EUA solicitou à Suprema Corte que intervenha em seu processo criminal relacionado a uma acusação de falsificação de registros comerciais, com o objetivo de impedir que a sentença marcada para 10 de janeiro prossiga. O pedido foi feito após um juiz de apelações em Nova York rejeitar a argumentação de que a condenação, envolvendo 34 acusações, deveria ser anulada devido à sua vitória nas eleições presidenciais de novembro. A defesa argumenta que o veredicto contraria a imunidade presidencial, mesmo sem o presidente eleito ter assumido oficialmente o cargo.
Esse esforço de última hora visa evitar que a sentença influencie negativamente a transição para o novo governo, já que a condenação poderia afetar a imagem do futuro mandatário. Os advogados do presidente eleito solicitaram que o Supremo suspenda os procedimentos no tribunal de primeira instância de Nova York, alegando que o caso causaria danos à instituição da Presidência e ao funcionamento do governo federal. A juíza Sonia Sotomayor, responsável pelas questões emergenciais do estado de Nova York, pediu uma resposta dos promotores até quinta-feira.
O processo surgiu após um júri de Manhattan considerar o presidente eleito culpado por falsificação de registros comerciais em 2018, relacionados a pagamentos feitos a uma figura pública antes da eleição de 2016. Embora o juiz responsável pela sentença tenha indicado que a prisão não seria uma opção viável, a defesa busca anular a condenação para evitar repercussões na posse presidencial. A apelação se intensificou após o tribunal de Nova York decidir que presidentes eleitos não gozam de imunidade para acusações relacionadas a crimes cometidos antes da eleição.