O presidente da Coreia do Sul, que foi preso em 15 de dezembro, se apresentou em uma audiência no sábado (18) para contestar o pedido de investigadores que solicitavam a extensão de sua detenção por mais 20 dias. A detenção está ligada a uma investigação sobre uma declaração de lei marcial feita pelo presidente em 3 de dezembro. Caso o tribunal aceite o pedido, a prisão do presidente poderá ser estendida até o fim de janeiro. Durante a audiência, o presidente optou por explicar sua posição sobre a validade da lei marcial e os alegados atos de insurreição, esclarecendo as questões levantadas pelos investigadores.
A sessão, que durou cerca de cinco horas, foi marcada por uma manifestação significativa de apoiadores do presidente em frente ao tribunal. Após a audiência, o presidente retornou ao centro de detenção, onde aguarda a decisão judicial, que deve ser divulgada até o final de semana. O advogado do presidente afirmou que ele compareceu à audiência com o objetivo de restaurar sua honra e reforçar a legitimidade das ações tomadas, especialmente em relação à lei marcial, que é central no caso.
A investigação em curso envolve acusações de insurreição, um crime grave que não goza de imunidade para um presidente em exercício. O caso gerou grandes mobilizações tanto de apoiadores quanto de opositores, refletindo a polarização política no país. O desenrolar da investigação e as decisões judiciais subsequentes devem impactar diretamente a estabilidade política da Coreia do Sul nas próximas semanas.