O presidente afastado da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, declarou em uma carta enviada aos seus apoiadores que continuará lutando contra seu impeachment e as tentativas de prisão. Ele se encontra no centro de uma crise política após a imposição de uma lei marcial temporária em dezembro, um ato que provocou uma reação massiva no parlamento e foi revogado poucas horas depois. Em meio a essas tensões, Yoon se vê agora ameaçado por um mandado de prisão, sendo acusado de incitação à insurreição, um crime para o qual ele não possui imunidade, conforme a legislação sul-coreana.
O governo de transição, que assumiu com o afastamento de Yoon, enfrenta uma situação complexa, pois um tribunal autorizou a prisão do presidente afastado, enquanto uma investigação criminal continua em andamento. Yoon e seus defensores contestam a legalidade do mandado de prisão, argumentando que a autoridade para tal medida é inválida. A polícia e os investigadores têm até o dia 6 de janeiro para executar o mandado, mas a situação continua incerta, especialmente diante da resistência de seus apoiadores, que tentaram impedir fisicamente o acesso das autoridades à residência oficial de Yoon.
Além disso, o julgamento do impeachment de Yoon segue em andamento no Tribunal Constitucional, com uma segunda audiência programada para a próxima sexta-feira. Se o impeachment for confirmado, uma nova eleição presidencial será convocada dentro de 60 dias. A crise política que envolve o ex-presidente tem atraído intensas discussões sobre o papel das instituições no país e a forma como as acusações são tratadas no sistema jurídico sul-coreano. A situação continua a evoluir, com desdobramentos importantes aguardados nas próximas semanas.