O presidente da Coreia do Sul foi indiciado por insurreição após tentar impor uma lei marcial no início de dezembro, uma medida que gerou grande turbulência política e reacendeu lembranças do período autoritário do país. A justificativa de sua ação foi a acusação ao principal partido de oposição de apoiar a Coreia do Norte e realizar atividades antiestatais. No entanto, a declaração foi rapidamente anulada pelo parlamento, e o presidente foi preso após votação favorável à sua acusação.
Os promotores apontaram que existem evidências suficientes para sustentar as acusações de insurreição contra o presidente. Durante as investigações, revelações de ordens diretas para prender figuras políticas e interferir em processos judiciais surgiram, com acusações de abuso de poder e tentativa de controle autoritário. As autoridades de segurança também enfrentaram resistência durante a tentativa inicial de prisão, o que complicou ainda mais a situação política do presidente.
Atualmente, o presidente enfrenta dois processos simultâneos: um impeachment no Tribunal Constitucional e o caso criminal de insurreição. Se condenado, ele pode ser sentenciado à prisão perpétua ou até mesmo à pena de morte, embora a Coreia do Sul não aplique a pena capital há várias décadas. A situação política segue tensa, com sua defesa argumentando que a declaração de lei marcial não configura um crime de insurreição, enquanto seus opositores buscam responsabilizá-lo por suas ações contra a ordem democrática do país.