O presidente eleito assume seu segundo mandato com mais influência política do que no primeiro, após consolidar o controle sobre o Partido Republicano e garantir maiorias nas duas casas do Congresso. Com apoio de uma base fiel e de aliados em posições-chave, ele tem como objetivo enfraquecer as instituições democráticas, como o Judiciário e o Executivo, ao mesmo tempo em que busca centralizar o poder. A chegada ao poder ocorre em um cenário de polarização extrema, com uma agenda agressiva de mudanças, incluindo políticas de imigração mais rigorosas e cortes fiscais.
A estratégia do novo governo parece focar na subordinação de instituições chave, como a Polícia, as Forças Armadas e o Judiciário, para a implementação de suas propostas. A nomeação de aliados leais para cargos importantes, em detrimento de candidatos com mais experiência ou competência, sinaliza uma reorientação do aparato governamental. A promessa de reestruturar o serviço público e afastar aqueles que não demonstram lealdade ao presidente reforça o foco na centralização de poder e no controle das políticas públicas.
Embora a retórica populista e nacionalista continue a ser uma marca de sua gestão, a principal preocupação é o impacto a longo prazo sobre a democracia. Especialistas indicam que, ao enfraquecer as barreiras que protegem as instituições, o novo governo pode deixar uma democracia mais vulnerável e instável. A promessa de retomar políticas de “América em primeiro lugar” e a postura agressiva em relação a questões internacionais contribuem para a crescente desestabilização das relações dos Estados Unidos com aliados tradicionais. O desafio, agora, é equilibrar a busca por poder com a preservação das normas democráticas.