O presidente da Argentina, Javier Milei, expressou seu desapontamento com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil, que manteve a retenção do passaporte do ex-presidente Jair Bolsonaro. A medida impediu que Bolsonaro participasse da posse de Donald Trump nos Estados Unidos, gerando críticas de aliados do ex-mandatário. Milei afirmou que a restrição à liberdade de movimento é lamentável e questionou o fundamento legal por trás da decisão do STF. Ele destacou que a liberdade de locomoção é um direito constitucional.
No Brasil, a decisão provocou reações diversas entre parlamentares. O vice-presidente da Comissão de Relações Exteriores, General Girão, apoiou a fala de Milei, defendendo que a liberdade de ir e vir deve ser garantida. Por outro lado, figuras do Partido dos Trabalhadores (PT), como Carlos Zarattini e Arlindo Chinaglia, expressaram críticas à ideologia da direita mundial e consideraram a retensão do passaporte como uma medida legítima, dentro dos parâmetros legais e constitucionais do país.
Bolsonaro, por sua vez, lamentou a situação e esclareceu que não pretende fugir do Brasil, mesmo com as acusações que enfrenta. Ele afirmou que, caso desejasse fugir, teria aproveitado oportunidades anteriores, mas preferiu retornar ao país ciente dos riscos que enfrenta. Em resposta, aliados de Bolsonaro sugeriram que ele busque uma nova viagem aos Estados Unidos em 2025, uma vez que o passaporte continua retido pelo STF.