A crise política na Coreia do Sul se intensificou após o afastamento do presidente, que foi preso sob acusações de insurreição relacionadas ao decreto de lei marcial emitido em dezembro. A medida, que visava restringir direitos civis e fechar a Assembleia Nacional, foi rapidamente rejeitada pelo Congresso, gerando grande turbulência política. O presidente foi alvo de um processo de impeachment, que resultou em seu afastamento, e a Suprema Corte ainda avalia se ele perderá o cargo de forma definitiva.
A prisão do presidente foi dificultada pela resistência de militares que o protegiam na residência oficial. Na manhã de 15 de janeiro, agentes de segurança conseguiram cumprir o mandado de prisão após negociações com a guarda presidencial, mas enfrentaram a oposição de cerca de 6.500 apoiadores do ex-mandatário, que tentaram impedir a operação com uma corrente humana. A prisão foi um marco na investigação sobre a insurreição e também visava o depoimento sobre o plano relacionado à lei marcial.
Após a prisão, o presidente afastado foi levado para interrogatório, enquanto suas declarações sobre a prisão ressaltaram a ilegalidade dos atos cometidos pelas autoridades. A Coreia do Sul segue governada por um presidente interino, enquanto a crise política continua a se desenrolar com tensões entre o governo e os parlamentares, refletindo a polarização do cenário político nacional.