A prefeitura de Teresina anunciou, na terça-feira (7), que não poderá financiar o carnaval deste ano devido à necessidade de direcionar recursos para áreas mais urgentes, como a saúde. A medida afeta cerca de 50 blocos carnavalescos que, tradicionalmente, recebiam apoio financeiro da administração municipal, com valores variando entre 3 e 15 mil reais. A crise financeira enfrentada pela gestão impacta também setores prioritários, como limpeza pública e transporte, além de um déficit de aproximadamente R$ 5 milhões na área da cultura.
Apesar da decisão da prefeitura, os blocos de rua em Teresina continuam com a programação confirmada. A Associação dos Blocos Carnavalescos de Teresina garantiu que a festa será realizada, com destaque para o bloco Vaca Atolada, que tem mais de 30 anos de tradição. Os organizadores afirmam que, embora a ajuda municipal seja importante, a festa é realizada pela iniciativa privada e pela comunidade, que está buscando alternativas de financiamento com o apoio do Estado e de empresários locais.
A suspensão do apoio financeiro gerou reações no meio cultural, com artistas como Bia Magalhães expressando descontentamento, já que muitos não conseguiram receber valores acordados com a prefeitura, apesar de todo o processo regulamentado. No entanto, figuras do movimento carnavalesco defendem que o carnaval de rua de Teresina é uma festa popular, construída pela própria comunidade, e que a cultura não deve ser a primeira a ser prejudicada em momentos de crise financeira.