A Prefeitura de Ribeirão Preto suspendeu por 120 dias a obra do novo centro administrativo, uma construção de R$ 175 milhões que visava centralizar diversos serviços públicos em um único complexo. A decisão, tomada pelo atual prefeito, foi motivada por uma análise crítica sobre a continuidade do projeto iniciado pela gestão anterior, que assinou o contrato no fim de seu mandato. Durante esse período de suspensão, o novo governo avaliará a necessidade da obra, levando em consideração prioridades do município, como saúde, educação e infraestrutura, e o impacto orçamentário envolvido.
Especialistas em direito administrativo destacam que essa suspensão pode ser prejudicial à população, pois gera incertezas sobre o futuro de um projeto que já consumiu recursos significativos em planejamento. Além disso, se o contrato for cancelado, a Prefeitura terá que arcar com os custos já incorridos pela empresa contratada, incluindo materiais e mão-de-obra que foram mobilizados para a execução das obras. A reavaliação do projeto também levará em conta questões como a localização da obra e a possível manutenção da sede da Prefeitura na área central da cidade, um ponto defendido pelo novo prefeito durante sua campanha.
Caso a decisão final seja pela continuidade do projeto, as obras serão retomadas com a empresa contratada, mas, caso o contrato seja rescindido, a Prefeitura poderá remanejar os recursos para outras áreas prioritárias, como saúde ou educação. A análise será feita com base em critérios técnicos e financeiros, considerando as necessidades da cidade e a viabilidade do investimento em outras iniciativas mais urgentes. O município seguirá as normas orçamentárias e justificará qualquer remanejamento de recursos para garantir a transparência no uso do dinheiro público.