A Prefeitura de Pouso Alegre instaurou um processo administrativo para investigar possíveis irregularidades em contratos firmados com empresas de engenharia, relacionados a serviços de manutenção e reforma em prédios públicos. A sindicância interna identificou suspeitas de superfaturamento em três contratos específicos, com um prejuízo estimado de R$ 1 milhão. O caso gerou a abertura de uma CPI na Câmara dos Vereadores, que concluiu que a investigação não foi suficientemente profunda, recomendando uma nova comissão para apurar mais detalhes.
Os principais suspeitos são dois servidores públicos da Secretaria de Educação, responsáveis pela fiscalização dos contratos, um dos quais já pediu exoneração, alegando problemas de saúde. A Operação Segunda de Mão, realizada pelo Ministério Público em outubro do ano anterior, também investigou o caso, apontando irregularidades envolvendo as empresas Dac Engenharia e Engetech, responsáveis pela execução dos projetos. As acusações incluem a inclusão de itens e valores inflacionados nos editais de licitação, além de quantidades irreais nos serviços executados.
A defesa das empresas envolvidas negou as acusações, afirmando que todas as alterações nos contratos estavam dentro das normas legais e que seguiram as tabelas da Caixa Econômica Federal. Apesar disso, o vereador Leandro Morais propôs uma nova CPI, alegando que a investigação anterior foi prejudicada por questões de prazo e não abordou todos os envolvidos. Ele destacou a necessidade de maior transparência e aprofundamento nas apurações, com a solicitação de mais informações sobre a sindicância interna realizada pela prefeitura.