A Prefeitura de Palmas formou uma comissão para monitorar o andamento do concurso público da Educação municipal, que foi parcialmente suspenso devido a alegações de irregularidades no gabarito e na elaboração das provas. A comissão será responsável por apresentar um relatório técnico à Secretaria Municipal da Educação (Semed) dentro de um ano, e seus membros atuarão de forma não remunerada. A suspensão parcial do concurso ocorreu após o Tribunal de Justiça do Tocantins (TJ-TO) acatar denúncias do Ministério Público Estadual (MPE), que questionou a validade do processo seletivo.
O concurso oferece 3,5 mil vagas, sendo 1.769 imediatas, e atraiu mais de 29 mil candidatos. A principal preocupação levantada pelo MPE é o padrão atípico do gabarito, em que a opção “todas as alternativas estão corretas” foi repetida em 12 das 15 questões, além da falta de uma banca formada por docentes na elaboração das provas. A Prefeitura de Palmas recorreu da decisão no Supremo Tribunal Federal (STF), mas a suspensão parcial foi mantida, o que impede a nomeação dos aprovados em quatro cargos específicos. No entanto, o município planeja contratar temporariamente os candidatos afetados pela decisão.
Apesar da suspensão, o prefeito de Palmas afirmou que o concurso seguirá, com a nomeação de mais de 500 aprovados e a contratação de outros 1.230 candidatos afetados. A Prefeitura argumenta que a suspensão poderia prejudicar o planejamento escolar para 2025, mas o STF concluiu que não havia evidências suficientes para revogar a decisão. Enquanto isso, a comissão de acompanhamento do concurso terá a tarefa de assegurar que o processo continue de forma transparente e sem comprometer a ordem pública ou a economia municipal.