A Prefeitura de Limeira, através de um decreto assinado pelo prefeito Murilo Félix, estabeleceu estado de emergência financeira devido a um endividamento de cerca de R$ 530 milhões. A medida, que suspende as férias, licenças-prêmio e a possibilidade de horas extras para os servidores municipais pelos próximos 90 dias, visa reduzir os gastos e reestruturar as finanças da cidade. No entanto, o decreto não detalha como as dívidas estão distribuídas, o que gerou críticas por parte do Sindicato dos Servidores Públicos (Sindsel), que considera necessário um plano mais transparente e uma análise das despesas antes de implementar cortes no funcionalismo.
A administração municipal não forneceu informações sobre a economia esperada com a suspensão dos benefícios, e até o momento, não se pronunciou sobre como ficará a situação dos servidores com férias ou licenças programadas para os primeiros meses de 2025. A criação de uma comissão para regularizar as contas públicas e analisar os contratos também foi incluída no decreto, com o objetivo de garantir o pagamento das dívidas da prefeitura.
O economista Bruno Pissinato avalia que, embora a dívida seja considerável, ela é manejável desde que os recursos sejam aplicados de maneira eficiente. Ele destaca que o aumento da receita do município, que foi de R$ 600 milhões nos primeiros quatro meses de 2024, pode permitir que Limeira honre seus compromissos financeiros. Contudo, a implementação do estado de emergência é uma medida para que a nova gestão analise profundamente as contas públicas e busque reestruturar os processos administrativos necessários.