A Prefeitura de Barrocas, na Bahia, afastou temporariamente 73 servidores públicos devido à decretação de estado de emergência administrativa, com a alegação de necessidade de estudos sobre a situação orçamentária do município. A medida, que atinge servidores concursados, foi publicada no Diário Oficial eletrônico em 15 de janeiro de 2025 e prevê a suspensão por 90 dias. A gestão municipal afirma que a decisão é uma ação temporária e está dentro dos requisitos legais, com um processo administrativo sendo conduzido para avaliar a legalidade do concurso público e os impactos financeiros de suas nomeações.
Após a publicação do decreto, servidores públicos realizaram manifestações em frente à Prefeitura, com destaque para um médico que, mesmo afastado, prestou atendimentos à população em um consultório improvisado. O prefeito, que indicou uma crise financeira como justificativa, também realizou contratações diretas, o que gerou mais insatisfação entre os servidores afastados. O caso foi denunciado ao Ministério Público, que ainda não se manifestou oficialmente sobre o assunto.
Em resposta às críticas, a Prefeitura de Barrocas emitiu uma nota esclarecendo que as contratações recentes foram de caráter administrativo e que não têm relação com os servidores afastados. A Procuradoria Municipal informou que está conduzindo um processo para examinar a legalidade do concurso e estudar as consequências financeiras das nomeações feitas.