A Prefeitura de Aparecida, no interior de São Paulo, rompeu o contrato com a Organização Social ANAESP na última sexta-feira (24), após uma crise na saúde municipal causada pela paralisação dos profissionais de saúde. Médicos, enfermeiros e dentistas interromperam os serviços devido ao atraso no pagamento de salários, que, segundo a prefeitura, são de responsabilidade da empresa prestadora de serviços. Com o rompimento do contrato, a administração municipal também declarou situação de emergência, o que permitiu a contratação de profissionais temporários para suprir a demanda nas unidades de saúde da cidade.
A decisão foi tomada após a denúncia de que a ANAESP não estava cumprindo com suas obrigações, incluindo o pagamento dos salários dos profissionais terceirizados. A prefeitura instaurou um processo administrativo para investigar as irregularidades e afirmou que irá encaminhar os problemas ao Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. Para garantir a continuidade dos serviços, a gestão local publicou um segundo decreto que autoriza a contratação emergencial de profissionais por até seis meses, caso necessário.
Com os atendimentos comprometidos pela falta de profissionais, a prefeitura criou um esquema de atendimento de urgência neste final de semana no Centro de Especialidades Médicas, que abrirá aos sábados e domingos para atender a população. A paralisação dos trabalhadores, que já dura vários dias, resultou em demissões e a suspensão de atendimentos, afetando principalmente os postos de saúde da cidade. A situação permanece sem previsão de resolução imediata, enquanto a administração municipal busca regularizar o atendimento à população.