Nesta quarta-feira (1º), prefeitos, vice-prefeitos e vereadores eleitos nas eleições de outubro tomam posse em todo o Brasil. Nas capitais, quatro partidos se destacam ao comandar a maioria das prefeituras: MDB, PSD, PL e União Brasil. O MDB, que já havia conquistado cinco prefeituras nas capitais em 2020, manteve sua posição. O PSD também aumentou sua presença, passando de duas para cinco prefeituras, enquanto o PL e União, com forte crescimento, garantiram quatro prefeituras cada um. O União Brasil, formado em 2022 pela fusão do DEM e PSL, surge como um novo protagonista no cenário político municipal.
Em relação à composição das Câmaras Municipais, uma significativa parte dos prefeitos eleitos terá apoio majoritário nas câmaras de suas respectivas capitais. O levantamento mostra que, em várias cidades, a maior parte dos vereadores eleitos pertence aos partidos dos prefeitos ou àqueles que estavam em sua coligação. Por exemplo, em Rio Branco, o prefeito Tião Bocalom (PL) contará com 76% dos vereadores a seu favor, enquanto em Salvador, Bruno Reis (União) terá 74% de apoio legislativo. Esse panorama indica que muitos prefeitos já negociaram acordos políticos com vereadores, garantindo uma base sólida de governabilidade.
No entanto, nem todas as capitais terão posse regular de seus prefeitos. Em 19 municípios, os processos eleitorais estão pendentes por questões judiciais, o que impede a posse de alguns prefeitos e determina que os presidentes das câmaras municipais assumam temporariamente a administração. De maneira geral, as eleições municipais de 2024 mostram um cenário de forte presença dos partidos do Centrão, que controlarão cerca de 63% das prefeituras no país, consolidando um poder político considerável nas esferas municipais.