Seis políticos eleitos nas eleições de 2024 estão registrados na lista suja do trabalho escravo, um cadastro criado pelo Ministério do Trabalho para combater a exploração de trabalhadores em condições análogas à escravidão. Entre as irregularidades encontradas em operações de fiscalização estão a falta de acesso à água potável, condições insalubres e exposição a substâncias tóxicas. As investigações foram realizadas pelo Ministério do Trabalho, Polícia Federal e Ministério Público Federal, que identificaram a exploração de trabalhadores em empresas ligadas a esses políticos.
Apesar de figurarem na lista suja, esses indivíduos não estão impedidos de exercer seus cargos. De acordo com a legislação, a inclusão na lista não representa uma condenação judicial definitiva, o que significaria a impossibilidade de assumir a função pública. A situação também não impede o exercício de seus cargos como prefeitos e vereadores, a não ser que haja uma condenação definitiva em tribunal. Entretanto, a presença na lista pode trazer repercussões negativas, como a dificuldade de obter financiamentos públicos ou participar de licitações.
Além de figurarem na lista, os políticos e suas empresas foram multados pela exploração de trabalho escravo. Em alguns casos, essas multas não foram quitadas, o que resultou na inscrição dessas dívidas na dívida ativa da União. Embora isso não interfira diretamente no exercício de suas funções, a situação pode gerar consequências legais, incluindo o bloqueio de bens ou restrições para participar de processos licitatórios. A inclusão na lista suja visa alertar a sociedade sobre as práticas de trabalho escravo e incentivar a transparência nas decisões públicas.