O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, exonerou nesta quarta-feira o capitão da Polícia Militar Raphael Alves Mendonça, que ocupava funções administrativas na Assessoria Policial Militar da Prefeitura e chegou a atuar na escolta do prefeito. Mendonça é investigado por suspeita de envolvimento com um grupo de policiais militares que vazava informações para a organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), facilitando a realização de crimes como assassinatos e lavagem de dinheiro. A exoneração de Mendonça tem efeito retroativo desde o dia 16 de janeiro.
O caso faz parte de uma investigação conduzida pela Corregedoria da Polícia Militar, que apura a infiltração de membros do PCC em diferentes unidades da corporação, incluindo a Rota. Segundo a apuração, o grupo de policiais tinha como funções principais a proteção de integrantes da facção, o vazamento de informações privilegiadas sobre operações policiais e o auxílio em crimes financeiros. A operação levou à prisão de quinze policiais militares no último mês, incluindo outros suspeitos de envolvimento com o PCC.
A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo ainda não se manifestou oficialmente sobre o caso. De acordo com a Prefeitura, a responsabilidade pela seleção e movimentação dos policiais da escolta é da Polícia Militar. A exoneração do capitão Mendonça ocorre após revelações de que ele fazia parte de uma rede criminosa que buscava proteger membros do PCC e garantir vantagens ilegais a empresários. A investigação continua em andamento, com a busca de mais responsáveis envolvidos.