O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini, assinou um decreto de calamidade financeira em 3 de janeiro, com o objetivo de reduzir em 40% as despesas da capital. A medida foi adotada devido à situação fiscal deixada pela gestão anterior, que comprometeu o pagamento de salários e a manutenção de serviços essenciais. O decreto, que pode durar até 180 dias, inclui a reavaliação de licitações, renegociação de contratos e a criação de órgãos de suporte para ajudar no processo de recuperação financeira.
Entre as razões apresentadas pelo decreto estão o crescimento das despesas acima das receitas, com destaque para o aumento de 135% nas despesas entre 2016 e 2024, em comparação com o crescimento de 115% nas receitas. Além disso, a cidade enfrenta uma dívida superior a R$ 1,6 bilhão e um déficit financeiro de R$ 518,7 milhões. A medida também prevê uma auditoria emergencial nas contas públicas, com o objetivo de apresentar um diagnóstico detalhado da situação financeira em até 90 dias.
Na primeira semana de mandato, o prefeito destacou a necessidade de cortar R$ 100 milhões em gastos supérfluos e contratos mal geridos. Abilio também anunciou a suspensão da cobrança de ingressos para o Aquário de Cuiabá, uma das ações tomadas para aliviar o orçamento municipal. Com a gestão de R$ 5,4 bilhões previstos para 2025, o prefeito afirmou que o foco será a reestruturação financeira e o equilíbrio das contas públicas, visando garantir a continuidade dos serviços essenciais à população.