A então prefeita de Canindé, Rozário Ximenes, fez uma denúncia ao Ministério Público do Ceará sobre um suposto esquema de desvio de recursos de emendas parlamentares em 51 municípios do estado. Em um depoimento prestado em setembro de 2024, ela forneceu detalhes sobre empresários e CNPJs que estariam envolvidos na manipulação dessas emendas, e afirmou que o esquema teria ligação com um deputado estadual, além de um prefeito eleito. Segundo Rozário, esses envolvidos formariam uma rede para fraudar licitações e desviar verbas, utilizando empresas fictícias e laranjas.
A investigação que se seguiu envolveu a Polícia Federal e levou à suspeita de corrupção, uso de caixa dois e manipulação eleitoral. Segundo a ex-prefeita, o prefeito eleito de Choró, um dos principais citados no caso, seria o operador do esquema, agindo em nome do deputado estadual e coordenando as ações de desvio de recursos. Rozário também mencionou que a campanha eleitoral de um adversário político em Canindé teria sido financiada por essas práticas ilegais, e relatou ameaças recebidas por parte de envolvidos, o que a levou a buscar proteção legal.
O deputado e o prefeito citado negam as acusações, e as investigações seguem sob sigilo. A defesa do prefeito de Choró argumenta que as alegações contra ele são infundadas e que a verdade será demonstrada ao longo do processo. A ex-prefeita, por sua vez, se compromete a continuar a denúncia e afirma que muitas outras pessoas podem estar envolvidas nesse esquema de corrupção. O caso segue em apuração, com impacto significativo nas esferas política e judicial do Ceará.