A prefeita de Aracaju, Emília Corrêa, anunciou nesta sexta-feira (10) que foi instaurada uma auditoria para revisar as contas da Maternidade Municipal Lourdes Nogueira. A decisão ocorre após um levantamento inicial feito pela gestão municipal em parceria com o Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (ITPS), que indicou uma dívida de quase R$ 15 milhões na unidade de saúde, além de atrasos nos pagamentos de médicos e fornecedores.
A investigação revelou que a unidade possui um custo mensal de R$ 7 milhões para a cobertura de partos. Entretanto, a meta de realizar 600 partos por mês nunca foi atingida, com o máximo registrado sendo de 200. A prefeita também apontou que os valores envolvidos nos contratos da maternidade são significativamente superiores aos de estabelecimentos privados, indicando possíveis irregularidades no processo de contratação, com custos de partos privados variando entre R$ 6 mil e R$ 7 mil, enquanto na maternidade municipal os gastos ultrapassam os R$ 20 mil.
Emília Corrêa afirmou que, dependendo do andamento da auditoria, o contrato com os prestadores de serviços poderá ser suspenso. Além disso, a prefeita destacou que estão sendo adotadas medidas para corrigir a situação financeira da maternidade e garantir que os serviços prestados à população não sejam prejudicados. A análise das contas segue em andamento para identificar possíveis desvios e melhorar a gestão da unidade de saúde.