A Petrobras enfrenta desafios com o aumento do dólar, que eleva os preços dos combustíveis em relação ao mercado internacional. Dentro da equipe do governo, espera-se que a estatal consiga segurar os preços o máximo possível para evitar impactos inflacionários no início de 2025, especialmente enquanto há expectativa de queda no valor do dólar. Atualmente, a gasolina apresenta uma defasagem de 13%, equivalente a R$ 0,37 por litro, enquanto o diesel está 19% abaixo, representando R$ 0,67, segundo dados da Associação Brasileira de Importação de Combustíveis.
Importadores privados reclamam da defasagem, já que precisam competir com os preços mais baixos praticados pela Petrobras, apesar de importarem combustíveis mais caros. O preço do barril de petróleo, estabilizado em torno de US$ 75, tem sido um fator positivo, permitindo que a estatal mantenha os preços sem repassar a volatilidade do mercado cambial. No entanto, investidores temem que uma política prolongada de contenção possa causar prejuízos à empresa, relembrando episódios de endividamento em gestões passadas.
Em 2024, a Petrobras realizou apenas um aumento no preço da gasolina, de 7,11% em julho, e manteve o preço do diesel estável. Segundo a estatal, a nova política de preços busca equilibrar a rentabilidade e os investimentos da empresa, evitando repassar integralmente as flutuações do câmbio. Essa abordagem reflete os esforços para manter estabilidade no mercado interno sem comprometer a sustentabilidade financeira da companhia.