Os preços do petróleo apresentaram queda nesta semana, impulsionada pela expectativa de aumento na produção dos EUA, o que impactou os preços internacionais da gasolina e do diesel. No Brasil, os preços praticados pela Petrobras seguem abaixo das bandas de preço previstas, com um deságio de 4% na gasolina e 6% no diesel, em relação ao Preço de Paridade de Exportação (EPP). Essas diferenças têm sido mantidas por cerca de três semanas, o que tem levado os analistas a sugerirem que a empresa pode esperar mais tempo para avaliar as tendências de mercado antes de realizar ajustes.
Embora algumas instituições, como a Genial Investimentos, considerem que não há espaço para reajustes devido ao desalinhamento dos preços internos em relação aos valores internacionais, outros analistas indicam que a estratégia comercial da Petrobras visa evitar repassar a volatilidade dos mercados externos para os consumidores locais. Dessa forma, a Petrobras tem adotado uma postura mais cautelosa, o que pode ser benéfico para o controle de custos e para não sobrecarregar o mercado interno com flutuações abruptas nos preços.
Apesar dos impactos negativos esperados no segmento de Refino, Transporte e Comercialização (RTC), que historicamente representa entre 10% e 14% do Ebitda da empresa, o setor de Exploração & Produção tende a compensar as perdas devido aos custos baixos e aos preços elevados do petróleo Brent. Contudo, a diferença entre os preços internos e internacionais pode afetar a avaliação da Petrobras no mercado, limitando o potencial de negociação da empresa no curto prazo.