Os imóveis residenciais no Recife apresentaram valorização de 6,64% em 2024, com preço médio do metro quadrado atingindo R$ 8.089, segundo o Índice FipeZAP. O aumento superou a inflação ao consumidor, estimada em 4,64% no mesmo período, destacando a capital pernambucana entre as 10 cidades brasileiras com maior valorização imobiliária. Bairros como Santo Amaro e Campo Grande foram apontados como os que tiveram maior destaque, reflexo de mudanças nas políticas urbanísticas da cidade, que impulsionaram a construção e valorização dessas regiões.
No bairro de Santo Amaro, a liberação de protocolos para construções acima de 1.000 m² após 2017 resultou em um aumento significativo de novos empreendimentos. A demanda por habitações em áreas centrais com boa infraestrutura e vistas privilegiadas foi um fator determinante para a valorização. Já em Campo Grande, a integração ao Plano Diretor da cidade, que incentivou construções ao longo dos corredores de transporte público, contribuiu para a maior procura e lançamentos imobiliários na área.
Apesar de ser uma das capitais mais caras para aquisição de imóveis, com valores abaixo da média nacional de R$ 9.366/m², o Recife reflete um cenário de mercado imobiliário em expansão, com impactos diretos de políticas públicas e urbanísticas. Em âmbito nacional, cidades como Vitória e São Paulo lideram o ranking de preços, enquanto capitais do Norte e Nordeste, como Manaus e Aracaju, apresentam custos mais acessíveis.