O mercado imobiliário residencial de Teresina apresentou em 2024 o menor índice de aumento de preços entre as capitais brasileiras, com uma variação de 2,80%, conforme dados do Índice FipeZAP divulgados em 7 de janeiro. Esse crescimento ficou abaixo da inflação ao consumidor no mesmo ano, estimada em 4,64% com base no IPCA acumulado. A menor variação é atribuída à alta oferta de imóveis na capital, combinada com o impacto de taxas de juros elevadas que dificultam o acesso ao crédito imobiliário e reduzem o número de lançamentos no setor.
De acordo com especialistas, a grande disponibilidade de imóveis em Teresina foi determinante para a contenção no aumento de preços. Esse cenário reflete tanto o desaquecimento do mercado quanto as restrições econômicas enfrentadas pelas incorporadoras e consumidores devido às condições de crédito. O preço médio de venda do metro quadrado na cidade foi registrado em R$ 5.628, destacando bairros como Jóquei, São Cristóvão e Fátima entre os mais representativos para o cálculo do índice.
Em contraste com a realidade de Teresina, o FipeZAP apontou que, em nível nacional, o valor médio dos imóveis residenciais teve uma alta de 7,73% em 2024, maior variação anual desde 2013. Apesar desse avanço expressivo em outras regiões do Brasil, cidades como Campo Grande, Brasília e Rio de Janeiro também registraram crescimentos abaixo da inflação, sinalizando um comportamento diverso no mercado imobiliário das capitais brasileiras.