O preço médio do metro quadrado de imóveis residenciais em São Paulo alcançou R$ 11.374 em 2024, com um aumento anual de 6,56%, o maior desde 2014. O índice FipeZAP destacou que o crescimento superou a inflação ao consumidor, estimada em 4,64%, resultando em uma alta real de 1,92%. A cidade de São Paulo apresentou o terceiro maior valor entre as capitais brasileiras, atrás de Vitória (R$ 12.287) e Florianópolis (R$ 11.766). O aumento nos preços reflete o monitoramento de anúncios de apartamentos prontos na internet, abrangendo 56 cidades no Brasil.
No contexto nacional, o mercado imobiliário registrou alta média de 7,73%, o maior índice desde 2013, impulsionado pelo crescimento econômico acima das expectativas. A expansão do crédito para imóveis populares e de médio padrão, combinada com a taxa de desemprego em queda (6,1%) e o PIB estimado em 3,5%, foram fatores decisivos. Entre as capitais, Curitiba liderou com alta de 18%, seguida por Salvador (16,38%), João Pessoa (15,54%) e Aracaju (13,79%), enquanto Santa Maria (RS) foi a única cidade a registrar queda nos preços (-1,5%).
A pesquisa FipeZAP reforça o impacto da economia aquecida no setor imobiliário, que se beneficiou de um mercado de trabalho forte e condições macroeconômicas favoráveis. A alta nos preços de imóveis, no entanto, traz desafios à acessibilidade habitacional, especialmente para a classe média, que tem migrado para apartamentos menores. O cenário segue sendo monitorado por especialistas, que apontam os desdobramentos econômicos e possíveis impactos da reforma tributária como fatores a serem observados no curto prazo.