Os preços dos imóveis residenciais no Brasil registraram uma alta significativa em 2024, com um aumento de quase 8% no índice FipeZap, superando a inflação acumulada até novembro, segundo o IBGE. Este foi o maior crescimento desde 2013 e reflete a combinação de fatores como o aquecimento da economia e do mercado de trabalho. A valorização foi mais expressiva em cidades como Curitiba, que liderou com um aumento de 18%, seguida por Salvador, João Pessoa, Aracaju e Belo Horizonte. O preço médio do metro quadrado atingiu R$ 9.336 nas 56 cidades avaliadas, tornando a compra da casa própria um desafio ainda maior para muitas famílias.
A alta nos preços está associada a questões como o aumento nos custos de insumos, a escassez de terrenos em áreas valorizadas e a alta demanda por imóveis. Esse cenário contribuiu para a compactação dos apartamentos, uma estratégia para reduzir custos e atender à demanda por unidades menores, como os imóveis de um quarto, que registraram os maiores aumentos. Apesar da valorização, os juros elevados e a redução no acesso a financiamentos, especialmente com a alta da taxa Selic e a limitação de recursos do FGTS, dificultam ainda mais o sonho da casa própria.
Especialistas reforçam a importância do planejamento financeiro para superar essas barreiras. Disciplina, economia de longo prazo e organização detalhada das finanças são essenciais para quem busca comprar um imóvel. Em um cenário desafiador, o planejamento cuidadoso se torna fundamental para enfrentar o aumento dos custos e os entraves no acesso ao crédito imobiliário.