A Petrobras enfrenta pressão com a disparada do dólar, que tem gerado uma defasagem nos preços dos combustíveis em relação ao mercado internacional. De acordo com a Associação Brasileira de Importação de Combustíveis, a gasolina está 13% abaixo dos valores externos, enquanto o diesel apresenta uma defasagem de 19%. Apesar disso, a estatal tem optado por segurar os reajustes para evitar impactos inflacionários neste início de 2025, aguardando uma possível queda na cotação do dólar.
Atualmente, a empresa conta com o preço estável do barril de petróleo, em torno de US$ 75, como fator positivo para manter os preços congelados. Entretanto, investidores demonstram preocupação de que a estratégia possa se prolongar, afetando o caixa da companhia. O cenário traz à memória a crise enfrentada pela Petrobras em gestões passadas, que resultou em um dos maiores endividamentos de sua história.
Mesmo com as pressões do mercado, a Petrobras afirmou que sua nova política de preços permite equilíbrio entre a rentabilidade e o planejamento de investimentos, sem necessariamente repassar a volatilidade cambial aos consumidores. Em 2024, a empresa realizou apenas um reajuste no preço da gasolina, em julho, enquanto os preços do diesel permaneceram inalterados ao longo do ano.