Em janeiro de 2025, os preços das passagens aéreas tiveram um aumento de 10,25%, sendo o principal responsável pela maior pressão sobre a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que registrou uma alta de 0,11%. O aumento no grupo Transportes, que passou de 0,46% em dezembro para 1,01% no primeiro mês do ano, contribuiu com 0,21 ponto porcentual para a variação do IPCA-15. Entre os combustíveis, destacaram-se os aumentos no etanol (1,56%) e no óleo diesel (1,10%), além do reajuste nos preços do gás veicular e da gasolina.
No setor de transporte público, foram registrados reajustes nas tarifas de ônibus urbanos e metrôs em diversas capitais brasileiras. Cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Recife e Belo Horizonte implementaram aumentos significativos nas passagens, com destaque para o reajuste de 13,64% em São Paulo. Além disso, Curitiba e Fortaleza adotaram medidas específicas, como tarifas reduzidas aos domingos e a implantação de tarifas sociais, respectivamente. A variação negativa de -1,78% nas integrações de transporte público em São Paulo foi resultado de uma combinação entre os aumentos e a concessão de gratuidades durante os feriados de fim de ano.
Esses reajustes regionais e os aumentos no preço dos combustíveis e tarifas de transporte público refletem as pressões inflacionárias de janeiro, especialmente no transporte aéreo e urbano, influenciando a variação de preços que impacta o bolso dos consumidores. As medidas adotadas por algumas cidades com descontos ou gratuidade têm como objetivo aliviar parcialmente o efeito sobre a população, mas a tendência geral aponta para um cenário de custos mais elevados no transporte para o início de 2025.