Em 2024, a inflação na China permaneceu praticamente inalterada, com o índice de preços ao consumidor subindo apenas 0,2% ao longo do ano, um ritmo similar ao do ano anterior e bem abaixo da meta oficial de cerca de 3%. Em dezembro, os preços aumentaram apenas 0,1% em relação ao mesmo mês de 2023, marcando o crescimento mais lento desde abril. Esse cenário reflete a fraca demanda interna, influenciada por fatores como insegurança no emprego, uma recessão no setor imobiliário e desafios econômicos globais.
Os preços nos portões das fábricas também continuaram sua trajetória de queda, com o índice de preços ao produtor registrando uma queda anual de 2,3% em dezembro, um pouco menor do que a baixa de 2,5% observada em novembro. Essa deflação nas fábricas já dura 27 meses consecutivos, o que indica uma pressão contínua sobre o setor produtivo. Mesmo com a persistência desses desafios, o estímulo governamental foi apontado como fator que ajudou a conter uma piora maior nos preços.
O núcleo da inflação, que exclui alimentos e combustíveis, registrou leve aumento em dezembro, subindo para 0,4%, o maior crescimento em cinco meses. Essa ligeira aceleração sugere que o estímulo governamental teve algum impacto na demanda e nos preços, embora analistas acreditem que o efeito desse estímulo será temporário, com uma possível queda na inflação subjacente ao longo de 2025.