O Banco Central (BC) divulgou que, em 2023, as retiradas da poupança superaram os depósitos em R$ 15,44 bilhões, marcando a maior diferença dos últimos quatro anos. No ano passado, os brasileiros aplicaram R$ 4,17 trilhões na caderneta de poupança, enquanto os saques totalizaram R$ 4,21 trilhões. Esse resultado negativo de R$ 87,81 bilhões contrasta com os números de 2022 e 2021, que apresentaram déficits de R$ 103,24 bilhões e R$ 35,5 bilhões, respectivamente. O saldo de rendimento da poupança em 2023 foi de R$ 64,29 bilhões, com um total de R$ 1,031 trilhões em depósitos.
Apesar do saldo negativo anual, em dezembro de 2023, os depósitos superaram os saques, com uma captação líquida de R$ 4,96 bilhões. Foram aplicados R$ 400,14 bilhões na poupança, enquanto as retiradas somaram R$ 395,18 bilhões. O rendimento da caderneta nesse mês foi de R$ 5,6 bilhões. O crédito imobiliário (SBPE) e o crédito rural também apresentaram variações nos depósitos e saques, com a captação líquida desses segmentos ficando em R$ 2,672 bilhões e R$ 2,286 bilhões, respectivamente.
Em termos de rendimentos, a poupança geral teve um ganho de R$ 4,077 bilhões em dezembro, enquanto a poupança rural gerou R$ 1,513 bilhão. A análise do BC mostra que, apesar da maior parte do ano ter apresentado saques líquidos, a caderneta de poupança teve um desempenho positivo em termos de captação no último mês de 2023, refletindo um certo otimismo nas aplicações de curto prazo.