A Bacia de Pelotas, localizada no sul do Brasil, desperta novas expectativas após a descoberta de grandes reservatórios de petróleo na Namíbia, uma região com formação geológica similar à do Brasil. A separação dos continentes durante a Pangeia, há cerca de 115 milhões de anos, sugere que a Bacia de Pelotas possa ter depósitos semelhantes aos encontrados no país africano. As últimas descobertas de petróleo na Namíbia reacenderam o interesse por essa bacia, que se estende entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, embora ainda não se tenha confirmação de que existam reservas comerciais na região.
Apesar das promessas, a exploração de petróleo na Bacia de Pelotas enfrenta desafios, incluindo testes exploratórios em andamento e a necessidade de superar obstáculos ambientais e regulatórios. Empresas como Petrobras, Shell, CNOOC e Chevron estão realizando estudos sísmicos para avaliar o potencial da área. A exploração pode levar até 2030 para iniciar, caso as condições sejam favoráveis. A possibilidade de encontrar grandes volumes de petróleo, com boas qualidades de óleo, leva a uma expectativa positiva, embora o processo de perfuração e produção envolva alto risco e custos elevados.
O impacto econômico da descoberta e produção de petróleo na Bacia de Pelotas pode ser significativo para o Brasil, principalmente com relação ao aumento de royalties, geração de empregos e segurança energética. A exploração de novos campos se torna crucial para manter a estabilidade da produção nacional, já que a produção do pré-sal tende a cair a partir de 2030. No entanto, a busca por energias renováveis continua, gerando um debate sobre os riscos ambientais da exploração de combustíveis fósseis, mas também ressaltando a importância de novas fontes de riqueza para a economia nacional.