Nicolás Maduro tomou posse em 10 de janeiro de 2025, em uma cerimônia realizada na Assembleia Nacional de Caracas, após eleições presidenciais contestadas. O processo eleitoral, ocorrido em 28 de julho de 2024, foi marcado por alegações de falta de transparência, violência e perseguição à oposição, que não teve participação plena nas eleições. Embora o Conselho Nacional Eleitoral tenha proclamado Maduro como vencedor com 51,2% dos votos, a oposição, com base em dados de atas eleitorais coletadas em locais de votação, reivindica a vitória de outro candidato, gerando uma disputa de narrativas que resultou em protestos e repressão violenta.
Após o pleito, a oposição denunciou irregularidades, apontando que os resultados favoreciam Maduro de maneira ilegítima. A falta de transparência e o controle estatal sobre a apuração geraram desconfiança tanto interna quanto externamente. Além disso, o governo de Maduro impôs obstáculos a observadores internacionais e tentou silenciar a oposição, o que levou a protestos violentos e prisões. O exílio de um dos principais opositores, que fugiu para a Espanha, e a pressão internacional, com reconhecimento de outros países sobre o possível vencedor, aumentaram as tensões políticas e diplomáticas.
Em meio a um ambiente político tenso e um governo isolado, Maduro enfrentou críticas de países como Brasil, Argentina e Chile, que não reconheceram sua reeleição e continuaram a questionar a legitimidade das eleições. A posse, que contou com uma presença reduzida de chefes de Estado, reflete o isolamento do regime venezuelano e a divisão de opiniões no cenário internacional. A crise política, somada a denúncias de crimes contra direitos humanos, continua a afetar a Venezuela e a relação do país com a comunidade global.