O Futebol Clube do Porto, um dos maiores times de Portugal, atravessa um momento delicado após a revelação de irregularidades financeiras que afetaram suas finanças nos últimos anos. Uma auditoria realizada pela Deloitte, que analisou as últimas dez temporadas, apontou que o clube ultrapassou em cerca de 50 milhões de euros os gastos previstos com comissões de contratações de jogadores, violando as regras de fair play financeiro da Fifa.
Além disso, foram identificados problemas relacionados à venda de ingressos, com o clube tendo gasto aproximadamente 5,1 milhões de euros em descontos indevidos e benefícios para membros de torcidas organizadas. Essas irregularidades trouxeram prejuízos financeiros ao Porto, comprometendo ainda mais a sua situação econômica.
Outro ponto de preocupação foram os gastos com uso indevido de recursos, como veículos usados por familiares de dirigentes, refeições sem justificativa e compras em joalherias e relojoarias, que totalizaram 3,6 milhões de euros. No meio de 2024, André Villas-Boas, ex-treinador do clube, assumiu a presidência e comprometeu-se a renegociar as dívidas do Porto, que somam cerca de 115 milhões de euros, além de ter emprestado 500 mil euros ao clube para ajudar na reestruturação financeira.