Beber água do mar pode parecer uma solução tentadora para um náufrago com sede, mas é um erro fatal. A água salgada causa desidratação rápida devido à alta concentração de sal, especialmente cloreto de sódio. Quando ingerimos água do mar, ela entra no organismo com níveis de sódio muito mais elevados do que os rins podem eliminar, forçando o corpo a eliminar mais água do que foi consumido. Além disso, a presença de sulfato de magnésio na água do mar impede a absorção de água no intestino, o que contribui para a diarreia e agrava a desidratação.
O corpo humano perde água continuamente por meio da transpiração, urinação e evaporação nas mucosas. Para evitar a desidratação, o organismo tenta regular a quantidade de líquidos por meio de processos químicos e físicos, como a produção de urina concentrada e a sensação de sede. No entanto, quando a água ingerida contém altos níveis de sal, o equilíbrio osmótico do corpo é comprometido, o que agrava a condição de quem já está em risco de desidratação.
Em contraste com os humanos, muitos animais marinhos, como peixes e mamíferos marinhos, têm adaptações específicas para lidar com o excesso de sal em seus ambientes. Algumas espécies, como os tubarões, eliminam o sal através de fezes, enquanto outros, como as baleias e golfinhos, não bebem água do mar. Eles aproveitam a água metabólica gerada durante a digestão de suas presas, uma estratégia eficiente que lhes permite sobreviver sem recorrer à ingestão de água salgada.