O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu aumentar a taxa de juros em 1 ponto percentual, elevando a Selic para 13,25% ao ano, com o objetivo de controlar a inflação e desacelerar a economia. Embora o Banco Central perceba sinais de desaceleração econômica, as expectativas inflacionárias ainda estão desalinhadas, o que dificulta a projeção de quanto a taxa poderá subir. Economistas apontam que a Selic pode atingir 15% por um período prolongado, e sugerem medidas fiscais mais eficazes para complementar a política monetária.
A comunicação do BC gerou discussões sobre os riscos de inflação e os impactos da desaceleração econômica. Algumas análises indicam que a atual taxa de juros, se mantida, pode não ser suficiente para controlar a inflação, levando o BC a considerar novas altas. O mercado também observa que os riscos de um cenário mais adverso para a economia interna estão sendo mais destacados, com a atividade econômica doméstica agora sendo vista como um fator relevante para a projeção inflacionária, em contraste com o foco anterior na economia global.
Especialistas sugerem que, embora a política monetária seja uma ferramenta importante, é necessário um conjunto de ações econômicas mais amplo, que inclua reformas fiscais e investimentos em áreas estratégicas como infraestrutura e educação. A abordagem fiscal é considerada essencial para garantir o equilíbrio das contas públicas e promover uma recuperação econômica sustentável, evitando os efeitos negativos de uma elevação excessiva da Selic sobre a atividade econômica.