A Justiça de Piracicaba, em São Paulo, condenou dois policiais civis envolvidos em um esquema de corrupção relacionado à exploração de jogos de azar. Os agentes foram acusados de receber propina para interromper investigações sobre atividades ilegais na cidade. O caso foi apurado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que identificou uma rede criminosa que lavava dinheiro gerado pela exploração desses jogos, além de praticar atos de corrupção dentro da polícia.
O esquema foi investigado durante as Operações Rêmora e Jogo da Vida, que resultaram em prisões e apreensões de bens, incluindo um celular com conversas que comprovavam a negociação de propina. Em uma das mensagens, ficou claro que os policiais estavam envolvidos em um esquema de extorsão, recebendo dinheiro para ignorar ações ilegais em um bar localizado no bairro Serra Verde, em Piracicaba. Além disso, a investigação revelou que os dois agentes estavam em uma viatura modelo Corsa, o que confirmou sua identidade durante as conversas interceptadas.
Após o processo, os policiais foram condenados por corrupção passiva, enquanto os criminosos que ofereceram a propina receberam condenação por corrupção ativa. Além disso, foi determinada a perda dos cargos dos agentes, embora ainda caiba recurso. As penas para os réus foram atenuadas, pois os crimes não envolveram violência e eles eram primários. A Polícia Civil de Piracicaba iniciou um processo administrativo disciplinar, que resultou na proposta de demissão dos envolvidos.