A Polícia Militar de São Paulo prendeu na manhã desta quinta-feira (16) 14 policiais militares que atuavam de forma ilegal na segurança de um delator do PCC, morto em novembro de 2024 no Aeroporto de Guarulhos. A operação foi conduzida pela Corregedoria da PM e resultou na detenção de dois tenentes, além de outros agentes responsáveis pela escolta ilícita. As investigações indicam que alguns desses policiais estavam de serviço no dia do assassinato, enquanto outros contribuíam com funções administrativas na rede de segurança ilegal. A prisão foi uma continuidade de um processo iniciado em abril de 2024, que investiga a colaboração de policiais com organizações criminosas.
O Corregedor da PM, coronel Fabio Amaral, revelou que um dos tenentes chefiava a rede de segurança, enquanto outro facilitava a gestão das escalas e folgas dos agentes envolvidos. A operação também resultou na prisão de um policial militar apontado como autor dos disparos que causaram a morte do delator. A polícia ainda investiga a identidade de um segundo atirador e o possível mandante do crime. Embora a identidade do autor dos disparos não tenha sido divulgada, ele já se encontra sob custódia da Corregedoria, que segue apurando os detalhes do caso.
O delator, um empresário envolvido em um esquema de lavagem de dinheiro relacionado ao tráfico de drogas, havia firmado um acordo de delação premiada no início de 2024, o que motivou sua execução. Ele estava sendo investigado por envolvimento em crimes relacionados ao PCC, incluindo o assassinato de um traficante em 2021. A facção criminosa havia colocado uma recompensa de R$ 3 milhões pela sua morte, tornando sua execução uma ação direta do grupo. O caso é parte de uma investigação maior sobre a relação entre facções criminosas e agentes de segurança pública no estado de São Paulo.