A Polícia Civil de São Paulo solicitou na quinta-feira, 16, a prisão de um policial militar acusado de envolvimento no homicídio de um delator do Primeiro Comando da Capital (PCC), executado em novembro de 2024 no Aeroporto Internacional de Guarulhos. O cabo, identificado como um dos atiradores, foi detido em uma operação da Corregedoria da PM, que também resultou na prisão de outros 14 policiais militares envolvidos em uma escolta ilegal do delator. A investigação aponta para a atuação de um segundo atirador e investiga ainda possíveis vínculos entre outros policiais e membros do crime organizado.
A ação policial é parte de uma investigação mais ampla sobre a infiltração de agentes de segurança no PCC, iniciada em abril de 2024. Os policiais detidos, que formavam a escolta do delator, já estavam afastados das suas funções desde o homicídio, e a prisão foi resultado de um trabalho de reconhecimento facial, que ajudou a identificar os envolvidos no crime. Segundo a Secretaria da Segurança Pública, a escolta que prestavam era ilegal, configurando apoio a um criminoso com passagens por homicídios e envolvimento com o tráfico de drogas.
A investigação sobre o homicídio de Gritzbach segue com foco no possível mandante da execução. A polícia trabalha com a hipótese de que o assassinato tenha sido encomendado por faccionados do PCC. O caso gerou repercussão e pressão sobre o governo estadual, que enfrenta críticas tanto pela conexão entre policiais e o crime organizado quanto pelo aumento das mortes pela Polícia Militar nos últimos meses. O governador afirmou que desvios de conduta serão rigorosamente punidos.