Na quinta-feira (16), a Polícia Militar prendeu 15 policiais suspeitos de envolvimento no assassinato de um empresário que havia delatado membros de uma facção criminosa. O crime ocorreu no Aeroporto Internacional de São Paulo e foi precedido por um esquema de vazamento de informações sigilosas dentro da corporação, que favorecia criminosos. As investigações começaram após denúncias anônimas e a coleta de evidências, incluindo imagens de segurança e dados de rastreamento de celulares, que levaram à identificação de um dos suspeitos como sendo o atirador.
Os policiais foram presos após a quebra de sigilos telefônicos e a utilização de tecnologias como estações rádio-base e reconhecimento facial. A Corregedoria da PM também descobriu que os envolvidos faziam parte de uma rede de proteção a membros da facção, permitindo que os criminosos antecipassem ações policiais. Entre os presos, estão militares da ativa e da reserva, e um dos principais alvos é um cabo da Polícia Militar acusado de ser o executor do crime.
O assassinato do empresário foi encomendado por integrantes da facção, mas a identidade dos mandantes ainda não foi revelada. As investigações apontam que o crime foi planejado para eliminar o delator, que havia entregado nomes de envolvidos em esquemas de lavagem de dinheiro e corrupção, além de acusar policiais militares. A Polícia Militar de São Paulo continua apurando o caso e a possibilidade de novos mandantes ou envolvidos no crime.