A Polícia Civil de São Paulo solicitou a prisão preventiva de um homem acusado de envolvimento no ataque ao assentamento Olga Benário, pertencente ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em Tremembé, interior do estado. O pedido de prisão foi fundamentado em depoimentos de testemunhas e na delação de um outro suspeito, que afirmou que o acusado fez parte do grupo responsável pela agressão. As investigações apontam que a motivação do crime estaria relacionada a desentendimentos sobre o comércio irregular de terrenos no local.
O ataque ocorreu na sexta-feira, 10 de janeiro, e resultou em oito pessoas baleadas, com duas mortes no local e outras seis feridas, algumas em estado grave. De acordo com o MST, o grupo responsável pelo crime seria composto por cerca de dez indivíduos. A polícia reforçou a gravidade do crime e a necessidade de medidas preventivas, uma vez que o acusado, além de ser reconhecido pelas vítimas, também teria feito ameaças a testemunhas.
Além disso, o incidente gerou uma reação das autoridades, que, por meio de um ministro, indicaram uma possível conexão entre os ataques ao MST e atividades criminosas organizadas. O Ministério da Justiça prometeu reforçar a proteção a movimentos como o MST em função da escalada de violência nas áreas de assentamento. O caso continua sob investigação, com o objetivo de identificar todos os envolvidos e esclarecer as circunstâncias do atentado.