A Corregedoria da Polícia Militar prendeu, em 16 de janeiro, o cabo Dênis Antônio Martins, de 40 anos, suspeito de participar do assassinato de um delator ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC) em novembro de 2024. O crime ocorreu no Aeroporto Internacional de Guarulhos e envolveu uma operação ilegal de escolta realizada por 14 policiais militares, que também foram detidos. A investigação, que identificou Martins como um dos atiradores por meio de reconhecimento facial, está em andamento para identificar outros envolvidos no assassinato e os possíveis mandantes, com foco no PCC.
Entre os presos estão diversos membros da PM, incluindo oficiais que gerenciavam a escolta, além de soldados e cabos responsáveis pela segurança do delator. A operação, que segue uma investigação sobre infiltração do crime organizado nas forças de segurança, também levou à prisão de uma mulher acusada de obstruir as investigações. A Polícia Civil investiga a possibilidade de múltiplos mandantes no crime, com uma linha de investigação em curso que pode envolver mais pessoas, além dos policiais envolvidos.
A vítima, um empresário que havia firmado um acordo de delação premiada, estava no centro de uma investigação sobre a lavagem de dinheiro do PCC. Seu assassinato, após ameaças e um prêmio de R$ 3 milhões oferecido pela facção, gerou grande repercussão, especialmente pela suspeita de envolvimento de policiais militares com o crime organizado. O caso tem causado crise na gestão da segurança pública do estado de São Paulo, com o governo enfatizando a punição severa aos envolvidos em desvios de conduta.