Daniel Vitório do Nascimento Moreira, de 21 anos, morreu após ser baleado em um confronto entre a Polícia Militar e criminosos no Complexo da Pedreira, na Zona Norte do Rio, no sábado (11). A vítima, que trabalhava como terceirizado para a concessionária Águas do Rio, foi socorrida em estado grave, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital. A família contestou a versão oficial apresentada pelos policiais, afirmando que Daniel foi tratado injustamente como um criminoso e que estava sob custódia no hospital, uma acusação que a defesa considera ilegal.
A Polícia Militar relatou que, durante um patrulhamento, os agentes foram atacados por dois homens armados em uma moto. Os policiais afirmaram que reagiram ao fogo e, após o confronto, encontraram dois indivíduos feridos, um deles, Daniel, com um fuzil de grande calibre em sua posse. No entanto, a versão divulgada pela PM no dia seguinte apresentou diferenças, alegando que os criminosos eram dois e estavam armados quando atacaram os policiais, o que gerou divergências com os depoimentos das testemunhas e da família de Daniel.
O advogado da família criticou a postura da polícia, destacando a ausência de câmeras corporais e a possível falha na apuração dos fatos. Ele ressaltou que a morte de Daniel não pode ser tratada como um “dano colateral” e que o Estado precisa reconhecer sua responsabilidade. A Delegacia de Homicídios investiga o caso, enquanto a Polícia Militar instaurou um procedimento interno para apurar as circunstâncias da ação, com a promessa de uma investigação detalhada sobre os fatos.