Denis Antonio Martins, cabo da Polícia Militar de São Paulo, foi preso em operação da Corregedoria da PM nesta quinta-feira (16), acusado de ser um dos atiradores responsáveis pela execução de um delator da facção criminosa PCC, em novembro do ano passado, no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. O crime, que resultou na morte de Vinicius Gritzbach, ex-integrante do grupo criminoso, foi cometido por dois homens armados com fuzis, que fugiram do local em um ônibus público. A investigação que levou à prisão do policial se baseou em cruzamento de dados, análise de imagens de câmeras de segurança e uso de tecnologia de reconhecimento facial.
Após o assassinato, a polícia identificou o envolvimento de Denis por meio de uma denúncia anônima e do trabalho de inteligência, que incluiu a quebra de sigilo telefônico e análise de sinais de telefonia. Durante a investigação, foi possível associar imagens do aeroporto e do transporte utilizado pelos criminosos à aparência do cabo da PM, o que levou à sua detenção. A Corregedoria da PM também prendeu outros 14 policiais militares envolvidos no núcleo de segurança pessoal do delator, que, segundo as investigações, teria relações com o crime organizado.
As autoridades afirmaram que as investigações continuam, com foco em possíveis ligações de Denis com outros membros da facção criminosa e na coleta de provas adicionais, como material genético e dados extraídos de seu celular. O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, ressaltou que a polícia não tolera desvios de conduta entre seus membros e garantiu punições severas para quem se envolver com o crime organizado. A operação evidencia o esforço da corporação em combater corrupção interna e proteger a integridade da instituição.