Neste sábado (18), a Polícia Militar prendeu um tenente em Osasco, suspeito de ser o motorista do veículo utilizado na fuga de uma quadrilha responsável pela execução de um delator no Aeroporto Internacional de São Paulo no ano passado. O delator, que estava envolvido em investigações sobre esquemas de lavagem de dinheiro ligados a facções criminosas, foi assassinado após revelar nomes de pessoas supostamente ligadas ao crime organizado e à corrupção policial. A prisão deste tenente é parte de uma investigação em andamento que já resultou na detenção de 16 policiais militares.
Além do tenente, outros 15 policiais militares foram detidos, sendo a maioria acusada de envolvimento na escolta ilegal da vítima. Um deles é apontado como o responsável pelos disparos que levaram à morte do delator. A operação também levou à prisão de uma mulher com ligações com o tráfico de drogas, que seria namorada de um dos suspeitos envolvidos no caso. As investigações seguem sob a responsabilidade do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), com todos os detidos sendo encaminhados ao sistema prisional.
O assassinato é considerado um desdobramento da delação premiada do ex-informante, que revelou conexões entre a facção criminosa e membros da polícia. A motivação do crime, segundo a DHPP, teria sido a própria colaboração do delator com as investigações. Novas prisões e desenvolvimentos estão sendo aguardados, especialmente em relação ao envolvimento de outros suspeitos, incluindo aqueles que ainda estão foragidos.