A Polícia Militar de São Paulo prendeu, na manhã de quinta-feira (16), 14 policiais militares envolvidos em uma escolta ilegal de um empresário que foi assassinado em novembro de 2024 no Aeroporto de Guarulhos. Entre os presos, estavam dois tenentes da PM, que, de acordo com a investigação, participavam de maneira administrativa no esquema criminoso, facilitando escalas de serviço e proporcionando folgas para os envolvidos. A operação, conduzida pela Corregedoria da PM, também prendeu o policial suspeito de ser o autor dos disparos fatais, embora este não estivesse diretamente ligado à escolta do empresário no momento do assassinato.
O empresário, que era delator de uma investigação sobre lavagem de dinheiro envolvendo o PCC, tinha sido alvo de uma sentença de morte da facção após colaborar com as autoridades. Em resposta, ele havia sido incluído em um esquema de segurança comandado por policiais militares, mas de forma ilícita, como parte de uma estratégia de proteção. A operação segue investigando as conexões do grupo com o PCC e apurando o envolvimento de outros agentes de segurança no assassinato.
O delator, cuja colaboração com a polícia tinha como foco o tráfico internacional de drogas e movimentações financeiras ilícitas, foi apontado como responsável por desvios de grandes somas de dinheiro do tráfico, o que motivou sua execução. Sua morte faz parte de um contexto maior de violência e corrupção envolvendo a facção criminosa, com as investigações em andamento para esclarecer totalmente os detalhes do crime e identificar outros envolvidos.