A Polícia Militar de São Paulo prendeu, na última sexta-feira (17), um novo suspeito de envolvimento na execução de um empresário, ocorrido no ano passado, no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. Marcos Henrique Soares Brito foi detido por supostamente ajudar um olheiro, que avisou os atiradores sobre a chegada da vítima. Em uma operação que resultou na prisão de 15 policiais militares, a investigação revelou que muitos dos envolvidos faziam parte de uma rede de segurança ilícita, prestando serviços de escolta ao empresário, que, em sua delação premiada, havia denunciado membros de uma facção criminosa. O caso envolveu também uma modelo, acusada de manter vínculo com o olheiro, e que também foi presa.
O assassinato, que aconteceu em novembro do ano passado, gerou uma série de investigações após denúncias sobre vazamento de informações sigilosas de policiais militares para criminosos. As investigações, que começaram com uma denúncia anônima em março de 2023, utilizaram tecnologia avançada para rastrear os movimentos dos envolvidos, como o uso de reconhecimento facial e a quebra de sigilos telefônicos. Através desses métodos, os policiais foram identificados, e as provas indicaram que o atirador, um cabo da PM, estava presente na cena do crime, no momento dos disparos.
Apesar de várias prisões e da identificação de muitos envolvidos, as autoridades ainda investigam quem são os mandantes do assassinato. A delegada responsável pelo caso, Ivalda Aleixo, afirmou que a execução foi encomendada por membros de uma facção criminosa, mas não revelou os detalhes do autor ou autores do crime. As imagens de câmeras de segurança mostram a ação dos atiradores, que, após realizar os disparos, fugiram rapidamente do local.