A Polícia Civil de São Paulo prendeu um homem de 22 anos no Tatuapé, suspeito de envolvimento no assassinato de um delator, ocorrido em novembro de 2024, no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. A vítima, que havia feito um acordo de delação premiada, foi assassinada por atiradores que receberam sinal de um olheiro enquanto ela se dirigia ao desembarque. O homem detido já havia sido preso anteriormente, mas havia sido liberado após audiência de custódia. Ele é investigado por associação ao tráfico de drogas e por possível ligação com o principal suspeito do crime, que permanece foragido.
As investigações apontam que o crime foi encomendado por membros de facções criminosas, com duas linhas de investigação em andamento. Além do olheiro, a polícia prendeu recentemente a namorada de um dos suspeitos, acusada de tráfico de drogas. Em paralelo, uma operação da Corregedoria da Polícia Militar resultou na prisão de quinze policiais militares, incluindo um envolvido nos disparos contra a vítima e outros que prestavam serviços ilegais de segurança. A polícia segue empenhada em localizar todos os envolvidos no crime, com uma força-tarefa dedicada a apurar os detalhes do assassinato.
O delator, que colaborava com a Justiça desde março de 2024, havia denunciado práticas criminosas, incluindo extorsão por parte de policiais civis e um esquema de lavagem de dinheiro operado por uma facção criminosa. O Ministério Público, em outubro do ano passado, encaminhou à Corregedoria da Polícia trechos da delação que implicam autoridades em atividades ilegais. O assassinato ocorreu pouco tempo após Gritzbach ser ouvido pela Corregedoria, intensificando as investigações sobre o alcance e as conexões do crime.