A Polícia Civil de São Paulo prendeu um jovem de 22 anos no bairro do Tatuapé, suspeito de envolvimento na morte de um delator do PCC, assassinato ocorrido em novembro do ano anterior no Aeroporto Internacional de São Paulo. O suspeito já havia sido detido em dezembro, mas liberado durante a audiência de custódia. Ele é investigado por vínculos com o tráfico de drogas e possíveis conexões com uma rede criminosa. Além disso, um mandado de prisão foi emitido contra Kauê, um dos primeiros suspeitos identificados, acusado de ter auxiliado na execução do crime ao sinalizar para os atiradores no dia do assassinato.
A investigação segue em duas frentes, ambas ligadas ao PCC. A principal hipótese é de que o crime tenha sido uma retaliação após o delator ter firmado um acordo de delação premiada com o Ministério Público, em março de 2024, no qual denunciou envolvimento de policiais em esquemas de extorsão e lavagem de dinheiro. O delator foi ouvido na Corregedoria apenas uma semana antes de ser morto, o que reforça a suspeita de que o crime tenha sido orquestrado para impedir suas revelações.
A Polícia Militar também tem enfrentado investigações internas: quinze policiais militares foram detidos sob suspeita de envolvimento com o crime organizado, incluindo um identificado como possível responsável pelos disparos que resultaram na morte do delator. A delegada à frente do caso informou que as investigações continuam focadas em identificar os responsáveis pela execução, enquanto as autoridades tentam desmantelar a rede criminosa envolvida.